VW VARIANT

MOD. DE 69 À PRIMEIRO SEMESTRE DE 71

A Variant foi lançada em 69, com a frente alta com faróis quadrados (iguais aos do Zé do Caixão, lançado em 68), lanternas traseiras fininhas, e o quebra vento na lateral do vidro traseiro... Este modelo ganhou uma pequena ''pincelada'' no segundo semestre de 70, com o lançamento do TL, e a única diferença foi à adoção do conjunto ótico do TL (faróis duplos redondos), e leve modificação no capo dianteiro... O Zé do Caixão, também ganhou as mesmas modificações na dianteira, na mesma ocasião... Ficaram os três com a frente idêntica, durante esse período da metade de 70 até a metade de 71... No segundo semestre de 71, a linha TL/Variant ganharam a chamada frente baixa, e o Zé do Caixão deixa de ser produzido, substituído pelo TL 4portas... A Variant manteve o quebra vento na janela lateral e as lanternas fininhas até o fim de 72... Em 73, ganha três saidinhas de ar na coluna C, perde a tal janelinha lateral, e ganha as lanternas traseiras maiores, mantendo esta configuração até 77, quando saiu definitivamente de linha, abrindo espaço para a chegada da Variant II... Em 74, o volante, a padronagem dos bancos, e a manivela do vidro mudaram, as calotas cromadas viraram copinhos (pra toda a linha), e a grade traseira passou a ser a do Brasilia... Em 75, ganhou outro painel, as lanternas traseiras passaram a ser bicolores (antes tricolores), perdeu o logo VW 1600 da tampa traseira, e a haste dos limpadores do para brisa passaram a ser pretas, entre outros pequenos detalhes (o TL sai de linha oficialmente nesse ano, mas é possível encontrar alguns restos de estoque emplacados como 76)... Em 76 ganha a trava do encosto do banco e novo apoio de braço das portas... Em 77, ultimo ano, perdeu os bigodinhos da frente e o logotipo VW dianteiro passa a ser de plástico...
Quanto as cores, são praticamente as mesmas do Fusca de mesmo ano, mas a partir de 72, Variant/TL, SP2 E TC tiveram curiosas cores metálicas, como o prata, marrom, verde e azul (alem de um vermelho que parecia meio rosa), bem raras por sinal... Não acredito que tenha versão mais valorizada, vai muito é do estado de conservação... Alguns preferem frente alta, alguns preferem frente baixa, alguns preferem as duas e por ai vai.

                                                 MODELO 72  1ª COM FRENTE BAIXA
MODELO 73 GANHA 3 SAÍDAS DE AR NA COLUNA C E GANHA LANTERNAS TRAZ. MAIORES

MODELO 74 AS CALOTAS CROMADAS VIRARAM COPINHOS DE PLASTICO  


MODELO 73, LANTERNAS TRAZ. QUE SERIA USADA ATÉ O FINAL DESTE MOD. EM 77


 MODELO 75, GANHOU NOVO PAINEL E LANTERNAS TRAZ. BICOLOR ( ANTES TRICOLOR ).


                        MODELO 76, JÁ COM LANTERNAS BICOLOR E NOVOS ENCOSTOS DE BRAÇO NAS PORTAS.

                         MODELO 77, ESSE É O ULTIMO MODELO DESTA VERSÃO DA VARIANT, DEPOIS DESTE MODELO FOI LANÇADO EM 78 A VARIANT II, MAIS ESSE É ASSUNTO PRA OUTRA POSTAGEM.
                         O EXEMPLAR ACIMA É DO ANO DE 77, MAS AS CALOTAS QUE SE ENCONTRA NELA É DO MODELO ATÉ 73, MAS O RESTANTE É TUDO ORIGINAL.
                                                                                                                                                                                 
       PAINEL DO MODELO DE 69 À 74 REVESTIMENTO EM JACARANDÁ, VOLANTE CLASSICO DA ÉPOCA, COM MEIO ARCO NO CENTRO.

PAINEL MODELO DE 75 À 77, VOLANTE COM CENTRO MODELO MEIA LUA.


         FICA AQUI O ABRAÇO DO OPALÃO 76 AOS FÃS DESTA PEQUENA PERUA QUE FEZ MUITO SUCESSO NOS ANOS 70.

DODGE CHARGER R/T

             
                   Depois do lançamento do Dart sedã, a Chrysler ampliou sua linha. Em outubro de 1970 lançava o Dart Coupé, de duas portas sem coluna lateral, e a opção de direção assistida, seguindo-se em novembro, por ocasião do Salão do Automóvel, as versões esportivas Charger LS e Charger R/T. Já como modelo 71, o Charger distinguia-se dos Darts pelo estilo intimidador e pela gama de opcionais oferecida, fazendo dele um dos carros mais cobiçados do país.

                      O Charger R/T chegava provocando sensação: colunas traseiras alongadas, faixas pretas, bancos individuais com câmbio no console, freios dianteiros a disco.O Charger  R/T, com sua sigla que significava road and track (estrada e pista em inglês), oferecia um pacote completo: bancos dianteiros individuais com console central, câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho, direção assistida, freios dianteiros a disco, conta-giros. Por fora exibia rodas e acabamentos esportivos, faixas pretas, faróis ocultos atrás da grade, colunas traseiras alongadas sobre os pára-lamas, teto revestido de vinil. Sob o capô, que possuía travas externas, estava o mais potente motor de um carro nacional.
                        Era o mesmo 318 V8, mas vinha com taxa de compressão mais alta (8,4:1 em vez de 7,5:1), o que exigia o uso de gasolina azul, de maior octanagem — pela primeira vez no Brasil desde o Willys Interlagos. A potência bruta passava de 198 cv para 215 cv, e o torque máximo, de 41,5 para 42,9 m.kgf. Essa versão demonstrou-se o carro de série mais veloz fabricado no Brasil: chegava aos 190 km/h.
                  O Charger LS, por sua vez, caracterizava-se como um cupê de luxo com certa esportividade. Oferecia de série câmbio de três marchas, motor de 205 cv e o mesmo painel do Dart, mas podia receber opcionalmente bancos individuais separados por um console, caixa automática, ar-condicionado e direção assistida. Era possível ainda equipá-lo com itens do R/T, como escapamento duplo, conta-giros, rodas esportivas e o motor 10 cv mais potente.

        Novo estilo no Charger Para 1973 (ano do lançamento do médio 1800/Polara) havia novidades nos Chargers LS e R/T: faróis duplos (ainda escondidos atrás da grade, como no modelo americano) com as luzes de direção entre eles e novas lanternas traseiras. O R/T perdia as travas externas do capô e as faixas pretas sobre ele. Por dentro, instrumentos redesenhados, lampejador do farol alto e ajuste interno do retrovisor externo esquerdo, uma inovação.
            
O Charger 1973 passava a ter dois faróis, ainda atrás da grade, e era o primeiro nacional com ajuste interno do retrovisor
Isso tudo o diferenciava bastante dos modelos anteriores. Suas vendas cresciam e logo as demais marcas se sentiriam ameaçadas. A Ford preparava às pressas o Maverick GT e a GM estudava novas formas de ganhar potência no Opala SS 4.100. A Chrysler aproveitava sua superioridade em potência nos anúncios publicitários do modelo, chegando a dizer que "carro esporte com menos de 200 hp é brincadeira", enquanto exibia imagens de crianças em carrinhos de bater de um parque de diversões...
     Na linha 1974 o Charger trazia novas faixas laterais, rodas esportivas e a inédita, até então, caixa automática com alavanca no assoalho e bloqueio do conversor de torque na terceira e última marcha. Este recurso faz com que o câmbio opere como uma caixa manual em terceira, eliminando o deslizamento do conversor e as perdas de energia resultantes.
    Comparativos eram feitos entre o Charger R/T e o recém-lançado Maverick GT, com seu V8 de 4,95 litros e 199 cv brutos. Os números de desempenho eram semelhantes, mas com pequena vantagem do Charger nas provas de aceleração. Apesar de toda a euforia, ocorria a primeira crise do petróleo e, com a gasolina subindo assustadoramente de preço, o Charger via suas vendas em queda no final do ano.
                Como paliativo para conter o consumo, toda a linha Dodge passava a dispor como opcional do Fuel Pacer System (traduzível por sistema moderador de consumo de combustível). O recurso acionava os repetidores de luzes de direção dos pára-lamas dianteiros, à vista do motorista, sempre que o pedal era pressionado além de certo ponto. Não havia uma limitação mecânica, apenas o alerta de que o consumo era excessivo naquele momento.
          Seu princípio era o mesmo dos vacuômetros, tão comuns à época: orientar o usuário a manter o mínimo de pressão no acelerador, exatamente o que hoje se sabe não ser um meio de economizar (saiba mais). Curioso é que uma conhecida revista, ao realizar testes, concluiu que utilizar o sistema poupava até 25% de gasolina! Só que, para evitar que a luz se acendesse, o motorista precisava pisar muito pouco e a aceleração de 0 a 100 km/h de um Charger R/T automático levava 17,8 segundos em vez de 10,3 s. Assim é fácil...
           No Salão do Automóvel de 1974, a Chrysler exibia os modelos 1975 com caixa automática opcional. O Charger era alvo de novos retoques estéticos: faixas laterais, lanternas traseiras, painel de instrumentos. A publicidade continuava a se impor diante dos concorrentes, chegando a dizer que o Charger era o "único carro esporte nacional que olha de frente para os importados", que até 1976 poderiam ser adquiridos no Brasil.
          Com o motor 250-S no Opala SS, o Brasil passava a contar em 1976 com três fortes concorrentes no mercado de esportivos. Com desempenhos cada vez mais próximos, os compradores muitas vezes optavam por ele ou pelo Maverick GT por serem cerca de 25% mais baratos. Isso não amedrontava a Chrysler, mas a escassez de gasolina azul nos postos, sim.
           Ainda em 1976 a Chrysler fazia algumas mudanças em sua produção. Tirava de linha o Charger LS. O R/T agora contava com bancos mais altos, novos volante e faixas laterais. A partir de 1977 o esportivo tinha a taxa de compressão reduzida (de 8:4;1 para 7:5;1), ficando igual à dos demais modelos, para possibilitar o uso da gasolina amarela, comum, mais barata e mais fácil de encontrar que a azul.
          Em 1978 o Charger R/T já não era mais o mesmo: perdia as entradas de ar do capô e a alta taxa de compressão, o que resultava em menor potência

  Despresado pelos fãs mais ardorosos dos Charger, Que enxergam nesse modelo de 1979 uma espécie de " ovelha negra" da linhagem na verdade é o Dodge mais raro fabricado no Brasil, ( segundo dados da própria Chrysler, menos de 200 unidades foram produzidas).                                                                                                                                                   
Este ano de 1979 representa o de maiores modificações recebidas no Charger desde seu lançamento, em 1971, apesar de muitos consideraremum retrocesso em termos de esportividade. Mas não é assim que pensamos.     
Assim se torna indispensavel a atenção sobre este Charger, quase uma obrigação para os antigomobilistas, em especial neste momento de reencontro dos colecionadores com a história da industria nacional.                               
Fica aqui o abraço do OPALÃO 76 a todos os fãs deste carrão que fez tanto sucesso nas estradas brasileira, o grande DODGE CHARGER R/T.